Em nota divulgada hoje, 26 de maio, as 19h, a Força Aérea Brasileira informou que irá reavaliar o contrato do KC-390 com a Embraer, visando REDUZIR a quantidade de aeronaves a serem entregues.
A FAB alega a necessidade de se manter o compromisso com as metas orçamentárias da Força, afetadas pela pandemia e seus reflexos na situação fiscal e orçamentária do país. Na nota, é citado também que “ desde o início de sua operação, a frota de aeronaves KC-390 vem apresentando excepcionais índices de disponibilidade e despachabilidade, resultando em uma capacidade muito superior em volume e agilidade no transporte de cargas e pessoal, fatores observados com sucesso durante as diversas missões realizadas ao longo de 2020 e 2021.”
O Comando da Força chegou a conclusão que o número de 28 aeronaves é excessivo dentro da atual realidade e também em um período maior no tempo, acarretando despesas de aquisição e de suporte logístico que irão pesar para a FAB. A nota esclarece que o Comando iniciará negociações com a Embraer para revisão do contrato e indica a necessidade de 2 aeronaves a serem entregues anualmente, sem definir o quantitativo final.
Em nossa avaliação, o número de 28 aeronaves nos pareceu razoável pois a aeronave predecessora do KC-390, o Hércules C-130, cumpriu sua missão de transporte na Força por mais de 4 décadas tendo sido adquiridas um total de 29 aeronaves ao longo do período. O fator novo hoje é a necessidade de uma aeronave de grande porte para o transporte estratégico, tendo sido divulgado na imprensa o desejo de compra de duas aeronaves deste porte, ou o Boeing 767 ou o Airbus A-330. Estará a FAB trocando alguns KC-390 pelos transportes estratégicos?
Aguardemos os próximos capítulos…
