Saab apresentou o Jato de Treinamento T-7 na LAAD 2023.

 

Reinaldo Neves

Durante a LAAD 2023, aconteceu no estande da SAAB uma coletiva de imprensa, onde a empresa apresentou a atual situação de seu projeto conjunto com a Boeing, o Jato de Treinamento T-7. Desenvolvido segundo diretrizes da Força Aérea dos Estados Unidos, a aeronave irá substituir os T-38 Talon, que há décadas formam os pilotos daquela Força Aérea.

A aeronave foi projetada digitalmente e utilizou modernos recursos de software e tecnologia, agilizando todo o processo de desenvolvimento, fabricação e vôo inicial. A encomenda da USAF é de 351 unidades.

Boeing/Saab T-7

O Diretor de desenvolvimento e estratégia de negócios Thomas Karlsson e o Head da unidade de negócios Aerospace Systems, Lars Sjoberg, apresentaram uma visão geral sobre a aeronave, através da projeção de imagens do T-7 e descrição de algumas de suas capacidades.  Durante a etapa de perguntas os representantes deixaram claro que o avião atendeu TODAS as especificações da USAF, voltadas exclusivamente para um avião de treinamento, o que explica a ausência de pontos duros sob as asas para lançamento de bombas/foguetes.

– Cauda com dois estabilizadores
– Ampla cabine, com assento elevado e visão panorâmica para o instrutor.
– Glass cockpit digital. Display de arquitetura aberta e com grande área, possibilitando adaptações/integrações com outros sistemas.
– Controles de vôo fly-by-wire digitais.
– Extensões de bordo de ataque e asas curvadas.

 

O T-7 é anunciado como um projeto facilitador da manutenção, apresentando grande facilidade de acesso aos  componentes internos e rapidez na sua troca/reparo.
– Substituição do assento ejetável em 15 minutos
– Substituição do motor em 90 minutos
– Atuadores dos Flaps e dos estabilizadores são intercambiáveis.
– Portas de acesso de fácil abertura.
– Asas altas.
– Estabilizadores direita/esquerda intercambiáveis.

 

O Boeing/Saab T-7 é um legítimo jato de treinamento para aeronaves de combate de última geração, não apresentando a capacidade para um combatente real, devido a ausência da previsão de pontos de fixação e integração dos sistemas de armas. Sua anunciada alta manobrabilidade associada a modernidade do projeto poderão, eventualmente, levar os fabricantes  a apresentar um projeto com alguma capacidade real de combate, visando a venda a países com orçamentos de defesa reduzidos, a exemplo do próprio T-38 Talon e o F-5 E.