Ajuda humanitária e seu simbolismo.

Reinaldo Neves

O governo brasileiro enviou uma ajuda humanitária ao Líbano, em razão da explosão que abalou a capital do país. Chefiando a missão, o ex presidente Michel Temer, que tem raízes libanesas.  Há uma grande comunidade de libaneses e seus descendentes em nosso país, o que torna nossos laços fraternos ainda mais fortes.
Infelizmente, nas redes sociais e mesmo na grande mídia surgiram vozes contrárias a esta missão, com alegações de desperdício de dinheiro público, inutilidade prática da missão, propaganda política, etc…Entretanto, o governo seguiu seu planejamento original e a Força Aérea cumpriu fielmente a missão a ela atribuída , de conduzir em segurança e com eficiência a comissão do Ministério das Relações Exteriores e a carga com os suprimentos doados.
Há que  se considerar que missões deste tipo possuem forte carga simbólica, demonstrando ao Líbano e ao mundo a solidariedade de nosso povo com o sofrimento de outros povos e a preocupação do país com o bem estar e pronto restabelecimento de nossos irmãos libaneses. Não se trata de estabelecer uma linha de suprimento contínuo, mas mostrar pontualmente a atuação de nossa diplomacia, quando em eventos de calamidade.
Esta missão trouxe também um “plus”  , um ganho extra: a publicidade de nossa indústria aeronáutica, com a atuação de duas aeronaves Embraer, em especial o KC-390 em sua primeira missão internacional. Nosso governo mostrou ao mundo sua vocação diplomática na ajuda humanitária e ainda nossa pujante indústria aeronáutica, um belíssimo gol do Presidente da República!

Foto: Aeronave KC-390, fotogrfada na Fidae 2018, Chile.
vídeo: FAB